Coisas que amei ou odiei viver em 2023
Vai chegando o fim de ano e vamos fazer balanço de quanto a gente se f… para chegar em dezembro :)
It’s tiiiimeeeeee…
É dezembro e sempre fico meio assim de abrir minhas metas e ver o que consegui e não consegui fazer, de fato. A gente sempre tem uma visão de que nossa vida vai mudar na virada do dia 31 de dezembro e o dia 1 significa vida nova, pessoa nova, tudo novo, né? Bom, posso dizer que não foi bem assim em 2023.
Definitivamente, esse ano não foi nada como planejei, parecia até que eu tinha sido jogada em uma cena de teatro sem saber o contexto da peça. Eu chorei como eu chorava nas noites antes de entregar um trabalho da faculdade que eu ainda estava fazendo. Coloquei como meta de ficar próxima dos meus amigos, mas aparentemente fiquei mais distante, queria juntar um bom dinheiro, mas fiquei ainda mais endividada. Definitivamente, não foi dessa maneira que enxerguei meu ano, mas, finalmente, estamos no fim dele.
Eu amo festas de fim de ano, mas tenho um certo sentimento nostálgico nos últimos 31 dias do ano. Minha ansiedade me visita sem pedir permissão e fica sem data para ir embora. Isso porque, muito da minha paz de espírito vem de traçar planos, claros, com passos e prazos, no entanto, na maioria das vezes, a vida ri da minha cara e diz “Bitch, please!”.
E o mês de dezembro para mim, além de Mariah Carey como trilha sonora, tem cheiro de planos novos e do mais temido, sim, o saldo das minhas metas do ano.
Acho que desde que entrei, de fato, na minha fase adulta, que comecei a pagar conta, usar cheque especial, pegar transporte público 4 horas do meu dia e chorar por conta do trabalho, minha lista de metas nunca mais foi a mesma. Pode parecer que isso é uma justificativa só para criticar o capitalismo, mas não, essa é o resultado claro da falha desse sistema, ele nos adoece.
Enfim, voltando ao tema desse texto, fui muito desafiada nesse 2023, porém, nem tudo foi só luta, suor e lágrimas, muitas coisas legais aconteceram, e eu tive o melhor parceiro para todos os momentos, bons ou ruins — recomendo encontrar um amor assim.
A real é que mais da metade das minhas metas terão que esperar o próximo ano, pois não foi dessa vez que entreguei. Sinto que perdi muito do meu brilho em 2023, tive mais crises de identidade, de ansiedade, tive crises em geral. Em diversos momentos me vi em lugares que não gostaria de estar, mas fui parar lá, por um acaso? E, não, não foi nem um pouco legal.
Fora que foi nesse ano que descobrimos que o mundo está real acabando, e passei dias me sentindo impotente porque, na verdade, não é culpa minha e não há nada que eu possa fazer.
Esse ano marcou a primeira vez que venci meu medo de rejeição e comemorei mu aniversário fora de casa, com meus amigos. Sou apaixonada em fazer aniversário, mas sempre fui a pessoa de só cantar parabéns com minha mãe e meus melhores amigos, mas me desafiei a viver algo diferente e foi legal, muito legal. Eu também mudei de carreira na comunicação (de novo), vi o Kendrick Lamar, Thundercat e Yoún ao vivo, fui na Fashion Week pela primeira vez com um grupo de pessoas admiráveis. E claro, iniciei a realização de um sonho em conjunto com minha mãe.
Para complemento, vivi um novo lugar favorito com meu o cara mais legal do mundo, na cidade mais legal que já fui, com uma das melhores comidas e muito queijo. BH foi uma experiência e tanto, dizem que fazer viagens com seu namorado é um teste no relacionamento, e se for isso, eu tô com a pessoa mais que certa.
Eu feliz em BH. Foto pelo meu homem <3
E acho que além de conquistar ou viver coisas super significativas para mim e pessoas externas, 2023 me levou a um passeio por mim mesma. Em diversos momentos, me vi confrontando comportamentos e convicções super tóxicas para mim e àqueles que eu amo. Isso foi uma coisa super dolorida e espinhosa de lidar, mas me fez muito feliz me ver como uma pessoa mais agradável e saudável mentalmente. Essa, com certeza, foi a melhor e maior conquista do meu ano, mas esses detalhes ficam para uma próxima fofoquinha.
Gostaria de ter sido mais outgoing com meus planos e vontades, de ter sido mais paciente, persistente, eu queria ter sido mais. Queria apenas que o ano tivesse trazido suas lições de um jeito mais leve, sabe? Nem tudo precisa ser uma surra que faz sentir como um saquinho de lixo dourado voando pelas ruas abandonadas de São Paulo. Apesar disso, o que aprendi esse ano foi que fui o melhor que eu podia ser, meu máximo, talvez tenha sido medíocre, e tá tudo bem.
Mesmo depois de um ano intenso, tenho as melhores expectativas e grandes medos para 2024. Vamos fazer um ano bom, não é mesmo?
E aí, qual vai ser o nosso próximo papo?