Criatividade é um recurso esgotável?
Isso que tem rondado minha mente e a necessidade de estar sempre criando pode ser a razão da minha loucura e sanidade.
Faz exatamente duas semanas que não consigo escrever uma frase boa o suficiente para mandar para vocês, meu grupinho da fofoca, e que ódio!
Estar uma dry era da sua mente é uma merda, e esse era um dos meus medos quando comecei essa newsletter. Como já contei para vocês, sempre amei escrever, eu já tive 3 blogs, que morreram porque eu não consegui manter a consistência e desisti. Então colaborei com projetos e não consegui manter o projeto porque minha vida estava um caos, TCC, faculdade e pandemia. AAAAAAAAAAAAAAA! E parece que aqui vamos nós, de novo.
Eu acredito piamente que o meu recurso criativo é limitado e ele entra em pane quando minha vida fica caótica. Aí, você vai me dizer: “uai, Analu, isso é óbvio e comum”, porém eu não queria que fosse comum para mim. Sim, eu sou o alecrim dourado do meu campo, a protagonista da minha série adolescente, com licença.
Ao contrário de todos os meus amigos que também trabalham com criatividade, minhas ideias não surgem no meu dia-a-dia, do nada. Sim, isso é uma suposição sobre meus colegas de profissão. Muito pelo contrário, é uma luta pensar. Mas me lembro na faculdade que via várias pessoas tendo ideias incríveis para documentários, matérias e trabalhos e eu… Ana Luiza. Meus trabalhos sempre foram medianos, eu fazia apenas o possível para não cair numa DP.
Isso foi um downgrade enorme para a Ana do ensino regular, na escola, eu era aluna destaque, sempre tinha ideias. Eu e minhas amigas sugerimos as comemorações de despedida do terceirão, sabe? Eu fazia saraus, apresentações de trabalho teatrais. Onde foi que essa mente criativa se perdeu?
O conceito do século XIX para a criatividade se associava a imaginação e capacidade de ser inventivo. Os especialistas dizem que a criatividade surge em momentos inesperados, e ela é estimulada pelas suas experiências na vida. Ou seja, quanto mais você se expõe a vivências diferentes, mais a criatividade se manifesta, na teoria.
A questão é, quando você, por livre espontânea vontade e burrice, escolhe que quer usar esse advento da mente como sua fonte de renda, a criatividade se torna, sim, escassa, não importam suas vivências. Não há como se sentir curioso em experimentar o novo, se toda a sua vida é resumida a trabalhar e trabalhar. No entanto, essa não é uma mentalidade escolhida, ela é imposta, afinal, se eu não trabalho, o Serasa começa a tentar um casamento com o meu CPF, e, isso, eu não quero. Onde encaixo uma visita a um lugar que nunca fui nessa rotina maluca? Não encaixo, estou cansada demais para tal.
Portanto, peço desculpas por essa ser uma Newsletter medíocre e abaixo do meu full potential! Nessas horas me pergunto, “seria eu talentosa mesmo ou só dei sorte de escrever algumas coisas boas?”, afinal, minhas ideias não fluem como deveriam, elas param e demoram anos para voltar. Muitas vezes, elas nem fazem sentido e minha criatividade trava para conseguir traduzir tudo que passa em minha cabeça em algo edificante. E isso me deixa tãoooooo frustrada, e minha forma de extravasar isso é por procrastinação e choro - dei check nesses nas últimas semanas.
A verdade é que esse é um projeto que eu quero manter presente na minha vida, independente de não ter nada interessante para falar ou querer escrever um livro de Tolkein aqui. Quero criar uma comunidade com quem se inscreveu aqui e se identifica com minha pessoa, mas fico num impasse de não tornar isso um peso na minha rotina e na minha vida e seguir trazendo conteúdos criativos aqui.
É cruel ser escritora durante essas revoluções mirabolantes em conteúdo, caras, tudo passa em segundos e logo você é o robô velho do filmes Robôs.
Hoje dei meu mínimo, queridos fofoqueiros, e esse será meu máximo. Tentem na próxima edição.
Vício do momento
Apesar de estar numa seca de ideias, tive uma ideia incrível no banho e que me permite expor todas minhas vergonhas nessa rede.
Ao final de toda edição, a partir dessa, irei compartilhar algo que tem sido viciante para mim. E isso pode ser algo ordinary que todo mundo já fez ou inovador e revolucionário, só saberemos no futuro.
Então vamos ao meu vício do momento: assistir YouTube Shorts (sim, precisa ser de lá) com receitas de alho confitado com muito azeite — chega dá água na boca, irmãs. Mas há algo mágico em ver o alho ficando douradinho e macio, e sendo colado na carne ou em um sanduíche gourmet com burrata. Juro, que daria muita coisa para comer qualquer prato desses vídeos. Fiquem com essa deliciosidade de vídeo:
Paz a todes, até a próxima charla.
Trabalhe com o que você ame e você nunca mais amará nada!
Tudo que eu amava antes da faculdade virou um peso depois (ler e escrever) a vida tirou quase todo o prazer da coisa pq sinto agora que tudo tem que ser perfeito, embora entenda que não é assim.