Então é Natal e o que você fez?
Descongelem a Mariah Carey e MC Teteu, já é o fim de dezembro!
Desde já, um feliz Natal para vocês. Comam muito, assistam filmes fofos e voltem a comer.
Como está os preparativos da ceia por aí? Por aqui já começamos a fazer marinadas, mise en place e todas as coisas que tenho direito para bancar a Ana Maria Braga por um dia. Eu sou apaixonada por Natal, não sei se contei isso para vocês aqui, mas esse é meu feriado favorito. Amo a desculpa de que Jesus nasceu e agora podemos nos empanturrar de comida e assistir Grinch, é mágico.
Com chegada do último mês do ano, sempre me pego fazendo o balanço do que fiz no ano e não sei vocês, mas nada saí conforme o planejado. Tava falando com minha terapeuta sobre as coisas que eu fazia para relaxar a mente e não pensar em nada, e contei que nos últimos dias de dezembro, abro um vinho, boto minha playlist de favoritos do ano e abro meu “diário” e revejo minhas metas do ano e traço novas para o próximo.
É um ritual para que a queda não seja tão dolorida e, a nova subida seja mais prazerosa.
Para evitar a decepção nos últimos dias do ano, eu tendo a colocar metas fáceis de alcançar, misturadas com metas quase impossíveis. Assim, dou um susto na minha realidade com desafios que esqueço em julho, porém, eu tento, pelo menos. No entanto, acho que esse mês, meus sustos não deram certo, até porque minha principal meta foi gongada por órgãos governamentais.
O resultado disso? Minha psicóloga me perguntando o que acho de começar a me medicar para controlar a ansiedade. É, acho que esse ano, meu divertidamente planejador e um pouquinho control freak tá correndo para lá e para cá, puxando os cabelos, à lá Pica Pau.
Mesmo com essa principal meta indo para as cucuias, estou orgulhosa de mim, pois, eu não só me desesperei por alguns dias, mas também, tracei um novo plano que vai levar um tempo a mais do que planejei, mas ele pode acontecer.
Ainda assim a frustração me pegou tantas vezes esse ano. E de novo, aquela coisa de nos compararmos com outras pessoas, quando nem sabemos qual é a realidade delas ou sabemos até demais, e são baseadas em muitos privilégios. Várias vezes tenho que voltar alguns passos e me lembrar que minha realidade não tem nada a ver com essas pessoas com quem me comparo.
É um grande desafio que tem ocupado meu diário de pensamentos intrusivos. Sim, foi um ano um tanto quanto desafiador para minha saúde mental.
Nem só minhas metas me afetaram, esse foi um ano de movimentação política e isso mexe comigo, mais do que gosto de admitir. Alguns amigos de trabalho meus falam o quanto sou consciente e inteligente por estar atenta a todos esses temas. Mas essa é uma necessidade que eu não queria ter, só que se eu não me apropriar do conhecimento, estou em risco (não literal, mas acho que vocês entenderam).
No entanto, nem tudo foram perdas, esse ano eu fui tão realizada profissionalmente. Esplêndido. Eu sempre fui uma boa profissional, ou é o que gosto de me convencer em minha mente, só que nem sempre fiz coisas com paixão mesmo. Vocês sabem, né, as contas nos forçam a trabalhar mesmo sem paixão.
Inclusive, acho que isso é um privilégio que ou somos muitos sortudos em ter, ou nos convencemos que aquela é a coisa que nos dar o tesão de levantar cedo e pegar um trem da Via Mobilidade sem questionar. Quase ninguém que é obrigado a trabalhar para sobreviver e é CLT no Brasil faz o que faz por paixão. A necessidade, muitas vezes, fala mais alto.
Acho que Deus me ama muito porque realmente sou apaixonada pelo que faço. Apesar de, com certeza, não sonhar em viver para trabalhar, a moda me cativou de forma quase lúdica, e é um mercado meio ilusório mesmo, antes de você entrar nele. Mas foi aqui que consegui mesclar meu dom como excelente comunicadora e estrategista com algo que eu realmente gosto e acredito. Claro que ajuda estar em um dos maiores conglomerados de moda do país, mas tomato, tomato (lê-se com sotaque americano depois britânico).
Já tenho muitos planos que envolvem minha vida profissional e me aprofundar ainda mais nesse mercado.
Quero tudo, mas se não for perfeito, eu não quero
Só que isso me leva a uma grande preocupação que foi apontada por minha psi, ela é uma grande personagem dessa reflexão anual, sim. Eu não sei relaxar, não tenho hobbies. Tudo o que eu faço é por um fim, seja ele monetário ou de conhecimento, enfim. Eu nunca faço nada só por fazer. E quando faço, me frustro – sentiram o padrão aqui?
O crochê que foi algo que comecei no fim do ano passado, começou a me deixar negoçada porque eu não conseguia fazer peças perfeitas, pontos diferentes, nem metade das peças que eu salvava no Pinterest. Isso não é só no crochê, é em qualquer coisa que faço por puro prazer, seja aprender uma nova língua ou tentar um hobby manual. Não sei fazer as coisas sem exigir a perfeição de mim. Se é pra crochetar, quero fazer as melhores peças, se é para aprender algo, quero ser a mais sabida daquilo. MEU DEUS COMO É TÓXICO ESTAR NA MINHA CABEÇA.
Esse é o desafio que minha terapeuta me deu, será que você consegue relaxar sua mente e fazer algo apenas por fazer? Sem pensar em como isso seria ótimo para um trabalho ou que isso daria um boost nos seus contatos. Sem nada disso, apenas deixar minha mente ser medíocre por alguns minutos.
Mas esse desafio eu deixo para a Nalu do futuro, eu estou de recesso mentalmente e todos os problemas ficam para ser resolvidos depois do Carnaval. Sim, vou adicionar a procrastinação a essa lista.
Me contem, e o que VOCÊ fez de bom ou ruim nesse ano, hein? 2025 bora para cima?
Vícios do mês
Na real, para fechar o ano, meu vício não vai ser do mês, mas sim, de boa parte do meu ano.
Se você passou ileso, sem assistir um episódio de This Is Us, 2025 isso precisa mudar. Como você tem seguido sua vida normalmente, deitado a cabeça no seu travesseiro tranquilo sem ter visto a série com o melhor roteiro da história?
Eu demorei a me render a essa grande febre que foi This Is Us, mas quando eu me rendi, chorei lágrimas que nem sabia que tinha dentro de mim. Sério, era ranho, soluço e lágrimas por pessoas fictícias. Essa é a magia dessa série, ela traduz dilemas que todos nós temos no mundo real de uma maneira tão linda e sensível que é impossível não se apaixonar e se envolver com a família Pearson e adjacentes.
Dito isso, esse ano estreou o podcast That Was Us, onde parte do elenco, composto por Mandy Moore (Rebeca), Chris Sullivan (Toby 💕) e Sterling K. Brown (Randall 😍), comenta cada episódio da série. O especial de isso tudo é que você ganha uma nova perspectiva do seriado, além de ter um por trás das câmeras, como as coisas foram pensadas e ouvir outros atores que fizeram parte dessa obra-prima.
Cada episódio é especial, dá ainda mais humanidade para os atores e seus personagens. Eu chorei ouvindo episódios, levei alguns tópicos explorados para a terapia e usei para convencer meu namorado a assistir à série comigo.
Foi o podcast que mais ouvi nesse ano e, com certeza, ele vai seguir nesse pódio por um bom tempo.
Eu fico por aqui, e nos vemos ano que vem nesse mesmo lugar.
Beijossssss